Por: Jesus Filho
Brasília – Acordar cedo, preparar o café e arrumar as filhas para a rotina diária da escola é algo habitual na vida de milhares de mães pelo Brasil. E com a paulista Carla Antonucci não seria diferente. Como toda mãe “coruja”, faz questão de acompanhar o passo a passo das filhas Giulia (11) e Pietra (15) do momento em que acordam, até a hora de dormir. Cuidadosa nos mínimos detalhes na educação dos seus dois amores, como faz questão de frisar, a técnica bicampeã brasileira de handebol comemora hoje o dia dedicado a ela em família, seguindo o isolamento social determinado pelas autoridades de saúde em razão da pandemia causada pela covid-19 no país.
Mas o amor pela maternidade a fez expandir esse sentimento ao esporte. Técnica do Pinheiros, tradicional clube esportivo de São Paulo, desde 2014, a filha da dona Rosa trabalha no Colégio Amorim, instituição de ensino onde passou colecionar títulos através do handebol, modalidade que a proporcionou representar o Brasil no ano passado no Mundial ISF em Doha, no Catar, oportunidade em que conquistou a quarta colocação no torneio ao lado de um time que honrou a camisa e encheu todos os brasileiros de orgulho.
Mas antes de chegar ao mundial, Carla conquistou o Brasileiro CBDE da modalidade realizado em 2018, na cidade de Guarapari, no Espírito Santo. Com uma equipe unida e que sabia entender as diretrizes de sua técnica, as meninas foram ao Oriente Médio vestir a amarelinha e fazer história aos olhos do mundo. Acostumada a grandes desafios profissionais, Carla adotou, como de praxe, a discrição como sua principal característica. Com a autoridade de uma mãe que abraça os filhos nos momentos de alegria, e os acalanta na tristeza, soube como poucos estabelecer uma relação maternal com o time que até hoje é lembrado pela campanha vitoriosa no torneio.
Ano passado o time feminino do Colégio Amorim (SP) não fez diferente. Durante o Brasileiro CBDE de Handebol, disputado em Brasília, venceu a etapa nacional e conquistou novamente a chance de ir ao mundial. Dessa vez, mais experiente, a equipe da técnica Carla Antonucci aguarda ansiosa pelo fim da pandemia e, consequentemente, o anúncio de uma nova data em que o torneio que será realizado. Mas enquanto isso não ocorre, a equipe segue em casa, focada à espera do futuro.
Viver as emoções do esporte por muitas vezes a fez se emocionar, seja pelo amor do marido, Maurício, também técnico de handebol e que a apoia de forma incondicional, ou pelo abraço apertado das filhas que a cada missão no Brasil ou fora dele ficam em casa torcendo pelo sucesso da mãe. Com os pés no chão e dona de um coração que guarda tantos sonhos de meninas que buscam através do esporte um futuro melhor, a missão de Carla Antonucci é a de semear bons frutos para que a esperança de hoje, se torne realidade amanhã.
Ascom – Confederação Brasileira do Desporto Escolar