Rio de Janeiro – No cenário mágico do Gymnasiade 2023, as nações se uniram para uma grande festa do intercâmbio cultural. No terceiro dia de atividades da maior competição escolar do mundo, o Parque Olímpico do Rio de Janeiro foi palco da “Noite das Nações”. Evento que pausa as competições e une os 46 países para celebrar a diversidade cultural e interagir de maneira única.
O evento começou na Arena 2, onde as delegações montaram estandes com suas bandeiras, elementos culturais e comida tradicional. Foi uma chance de experimentar pratos de diferentes lugares do mundo. A delegação do Brasil, por exemplo, ofereceu aos participantes iguarias como brigadeiros, paçoca, pé de moleque, açaí e o carioquíssimo biscoito Globo.
O ponto alto da noite, porém, aconteceu na Arena 1, com apresentações culturais de cada país. Danças, músicas e performances mostraram as tradições de várias nações. Mesmo com diferentes línguas, as pessoas se entendiam e se aproximavam com gestos e sorrisos e, claro, muitos aplausos.
Estudante-atleta do México, Arlete Hernández não escondeu a felicidade de fazer amigos de diversas partes do mundo.
“Estou muito alegre de ver tantas coisas diferentes. Fiz amigos de lugares que nunca pensei conhecer. Achei bonitas as danças e algumas comidas, aprendemos sobre outras culturas”, afirmou a mexicana.
Comunicação pelo tradutor do telefone
O estudante-atleta chinês Haobo Wang, do Tênis de Mesa, também estava empolgado com os novos colegas e deu dicas para não perder a comunicação.
“Eu entendo muito pouco inglês e acho que quase ninguém aqui fala mandarim, mas estou tentando. Faço mímica ou uso o tradutor do telefone. Ele nuca foi tão útil. Troquei contatos com jovens de diversos países. Vamos nos manter em contato pelo Instagram e quero visitar e receber amigos de outros lugares no meu país.”, disse o simpático estudante-atleta chinês.
Trocas
Nada une os estudantes-atletas como as animadas trocas na Noite das Nações do Gymnasiade 2023. Esses momentos de interação, nos quais objetos são trocados, tornam-se um dos ápices da celebração, aguardados por todas as delegações. Camisas, casacos e broches são trocados entre as nações em um espírito de camaradagem internacional, incluindo acessórios como chalés do Marrocos, sombreiros mexicanos e leques chineses.
Surpreendentemente, as negociações ocorrem muitas vezes na base da mímica, superando as barreiras dos idiomas. Barbara Grübel, estudante-atleta da equipe brasileira de Orientação explicou como conseguiu preencher sua mochila com broches de diversos países.
“Fiz diversas trocas, estabeleci amizades e negociei muito através de gestos e mímicas. A capacidade de comunicação entre nós é incrível, eu até tentei falar em inglês, mas alguns países não entendem. Fui fazendo mímica e sinais e deu certo! Acho que consegui uns 30 broches”, disse Bárbara.
Nesta quinta-feira, dia 24, as competições da Gymnasiade 2023 retomam sua programação normal e os objetos mais desejados voltam a ser as medalhas da maior competição escolar do mundo.
Por: Diego Lopes/ Reinaldo Cisterna/ Mariana de Sá/Givaldo Batista
Fotos: Beto Noval