Quem o vê, logo se apaixona. Mais que isso, quer abraçá-lo e tirar fotografias. Muito sorridente e fofinho, um brinquedo no formato de jacaré gigante de 1,80 metros de altura que adora dançar e fazer peripécias, foi lançado na cerimônia de abertura dos Jogos Escolares, na sexta (27.10) em Brasília. Ele é o responsável pela animação das disputas. Estamos falando do JacaJEB’s, o mascote da edição de 2023 dos Jogos Escolares Brasileiros.
O mascote é sucesso total e virou a segunda maior atração dos os jogos. Perde apenas para os estudantes-atletas. Idealizado pela Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE), JacaJEB’s foi criado pelo designer e ilustrador sergipano Marcos Gomes da Silva, o Marcão, confeccionado por artesãos de Recife. Já o “Hit do Jaca” é um remix adaptado de funk e eletrônica, produzido pelo DJ Samuca, do Rio de Janeiro.
Coreografias também foram criadas para os estudantes-atletas dançarem juntos.
Ao contrário do que se imagina, a pessoa que veste o boneco não é um homem e sim, uma mulher: a voluntária Paola Maidana, 39 anos, de Ponta Porã (MS), na divisa do Paraguai com o Brasil. A filha de pai argentino e mãe brasileira tem dois filhos, ela é profissional de Educação Física, na escola José Edson Domingos dos Santos, no Assentamento Itamaraty. Também treinadora de badminton e futsal, ambos no Programa MS De Desporto Escolar é professora dos anos finais e do ensino médio, além de e árbitra do atletismo (CBat) e de handebol (FHMS).
Ao chegar em Brasília, a mulher alegre, de sorriso farto, sempre de alto astral e apaixonada por esporte foi muito bem recebida. Durante visita às instalações conheceu os colegas do setor de entretenimento no cerimonial com quem trabalharia. Participou de uma reunião junto com a coordenadora Paula Hernandez e sua equipe, cuja missão seria a escolha do voluntário a “vestir” a mascote dos jogos. “Automaticamente, e bem na cara de pau, levantei meu dedo e disse: eu quero ser o JacaJEB’s.”
Em agosto último, Paola se inscreveu no site da Confederação Brasileira do Desporto Escolar para trabalhar como voluntária na realização dos JEB’s. “Recebi o e-mail confirmando a minha inscrição me senti honrada”, lembra, emocionada.
Sem conhecer ninguém, a professora Paola se sentiu acolhida em Brasília, cidade que visita pela primeira vez. Custeou sua passagem aérea com recursos próprios e a hospedagem de hotel. Descobriu, dois dias depois, que o hotel na Candangolândia ficava distante da Ascade onde funciona o Comitê Central Organizador (CCO).
Amizade no esporte
Paola foi convidada por uma colega que conheceu no setor onde trabalha, no Cerimonial dos Jogos, para se hospedar em sua casa, no Jardim Botânico. ”Agora, tudo mudou. Vou e volto com ela de carro e ainda fui acolhida por uma família linda”, relata.
A nova amiga de Paola é nada mais nada menos que a bicampeã mundial de karatê, Angélica Gama. Atleta do DF há 20 anos é categórica ao afirmar a importância do voluntariado na realização dos jogos. “Minha família respeita o esporte. Quero que minha filha vivencie a história de Paola pois esse é um grande exemplo da consciência de que esporte é união”.
Voluntariado
A edição do JEB’s de 2023 conta como 300 voluntários de 20 estados e do DF. Eles têm idade entre 18 e 70 anos. São 180 mulheres e 120 homens que disponibilizam seu trabalho gratuitamente para colaborar com a realização do maior evento escolar do País.