Por: Alexandra Alves
Brasília – Existe uma palavra muito usada nos últimos tempos em ambientes corporativos para representar as políticas de boas práticas e governança que é compliance. O compliance nada mais é do que o cumprimento de leis e regras através de procedimentos que envolvam todos os níveis de uma organização, gerando uma cultura comportamental mais organizada e ética nas instituições. Em outras palavras, praticar o compliance é desenvolver, estimular, cobrar e monitorar colaboradores a fim de evitar atos ilícitos nas empresas.
Na CBDE as novas políticas de compliance começaram a ser implementadas a partir do final de 2018 tendo, como marco, a mudança de seu Estatuto. A partir deste momento foram criados conselhos e comitês que assessoram todas as tomadas de decisões da entidade. Uma decisão que antes era decidida apenas pelo presidente ou vice passou a ser discutida, analisada, sugerida e aprovada pelos conselhos.
“A criação dos conselhos e comitês trouxe para a Confederação uma amplitude de nossa política de transparência. Trabalhamos sempre alinhados as novas regras e mudanças que estão acontecendo na gestão esportiva e, a uma percepção desportiva desenvolvida ao longo destes 19 anos de atuação da CBDE. Encerramos 2019 muito mais capacitados e estruturados para dar continuidade a esta expansão que o desporto escolar brasileiro caminha,” afirma o presidente da entidade, Antônio Hora Filho.
Dentro das novas políticas de compliance a CBDE ganhou novos processos e procedimentos para tudo, desde a compra mais simples aos comunicados encaminhados às Federações. E o que afirma o consultor financeiro da CBDE, José Maria de Santucci: “Para qualquer situação administrativa/financeira adotamos processos e procedimentos que foram e, estão sendo implantados e introjetados pelos colaboradores com uma ajuda fundamental que foi o total apoio da diretoria da CBDE com estas novas mudanças”.
Neste processo de reformulação outra grande mudança na CBDE foi a ampliação da participação dos atletas escolares nas assembleias que passam a compor 30% do total de participantes reconhecendo que as decisões em prol do desporto escolar não podem deixar sem voz e voto seus principais protagonistas.
“A partir de 2020 a assembleia passará a ser formada por nove atletas escolares que serão eleitos por eles mesmos, a exemplo do que já aconteceu este ano durante as seletivas brasileiras escolares do segundo semestre, onde os atletas escolheram e votaram em seus representantes que estarão atuando na próxima assembleia, reforçando nossas ações de boas práticas descentralizando as decisões e dando voz a todos os participantes do sistema”, disse Antônio Hora.
Devido a este novo olhar da atual gestão a CBDE e, após a aprovação da MP 846, que destina parte do produto da arrecadação das loterias para o desporto escolar, a CBDE também reviu seu processo de audição de contas passando de anual para trimestral: “A diretoria entendeu a necessidade de avaliar todos os processos, sejam administrativos ou financeiros, justamente por ter entendido que as boas práticas devem ser criadas e aplicadas efetivamente.
Hoje a CBDE está com seu balanço trimestral analisado e auditado. Antigamente esta auditoria era anual, hoje ela é trimestral e já estamos com o terceiro trimestre auditado e aprovado e, nos próximos meses essa auditoria será mensal para garantirmos no início de janeiro as contas aprovadas, ou seja, são processos novos que estão sendo implementados e passos conquistados para uma política que busca a excelência no desporto escolar brasileiro”, afirmou o consultor financeiro José Maria.
Ascom – Confederação Brasileira do Desporto Escolar